Terceiro dia da desfiles teve de Star Wars a Grunge
A pegada geométrica e o xadrez aparecem em diversos looks
Quinta-feira, 06 de Novembro de 2014

Para ela, a volta do Grunge 90 é o ponto alto da temporada e os anos 60 permanecem ditando shapes de roupas para o próximo inverno. Entretanto, o apelo comercial continua forte: "no geral, achei tudo muito usável, e com vontade de fazer a moda pegar e as vendas acontecerem", diz.
Os atuais anos 90

De acordo com a editora de moda, Herchcovitch aplicou um ícone da marca na hora certa. "Os xadrezes 90, clássicos no trabalho do estilista, voltaram com tudo nesse total revival do Grunge 90, que tem desfilado na SPFW. Os casacos longos e curtos com a estampa são supercomerciais", destaca. As peças, inspiradas no tema "jardinagem" já vêm sendo trabalhadas pelo estilista há algumas temporadas, contudo, ele segue capaz de reinventar a cada coleção, aprimorando a tecnologia de confecção, e nesse caso, ressaltando a geometria dos looks.
Sexy sem ser vulgar

"A silhueta muito feminina de Ronaldo Fraga e seus vestidos vão muito além do sexy comum", afima. De fato, comum não é uma palavra com a qual Fraga parece íntimo. Em parceira com o Projeto Esperança Animal, a passarela foi aberta pela cadela Capitu, que carregava no pescoço a frase "Animal não é grife. Adote, não compre". Para maior surpresa, as modelos entram na passarela pintadas de vermelho, com "olhos extras" acima das sobrancelhas, ilustrando o nome do desfile, batizado de "Cidade Sonâmbula". O tema vem das várias manifestações nos país para proteção de lugares históricos.
Elegância descolada

Lilly Sarti apresentou uma mulher despojada. Pretenciosamente "despreocupada" com o visual e ao mesmo tempo muito elegante. Segundo Vasconcelos, os pontos altos foram "os traços dos anos 60 dos conjuntos de calça e blusa, vestidos, a paleta de cores e o cabelo messy (bagunçado), além dos casacos, que exploraram listras grossas em texturas de couro e pelos coloridos. Lindo".
Geometria das cores

"Sacada também teve estampas geométricas em cores maravilhosas", fala a profissional. A marca carioca, que desfila pela primeira vez com direção criativa capitaneada por Priscila Darolt, propõe conforto e tons pastel em um contexto que podem ser sinônimos de poder, sim. Tanto o grafismo quanto a técnica de produção das peças é totalmente inspirada na cultura Inca, oriunda do eixo sul-americano que pega Peru, Bolívia, Chile e Equador.
O luxo de Vitorino

Vitorino continua acertando no luxo. Jacquard brilhante, plumas, malhas teladas e renda são alguns dos elementos que ganham destaque. O jeans estreia em suas peças, mas o estilista não foge ao clássico do seu estilo, e isso fica nítido nas calças retas e curtas. "Adorei o casacos em azul e preto, a estampa, o look todo que abriu o desfile. Achei irônico nos excessos e relax no styling. Adorei a sandália de tiras e salto grosso", ressalta Luty.
Imaginação para vestir

A Triton apelou para o emocional em uma sacada de mestre. "Divertido, o tema da marca, 'Star Wars', faz releituras muito legais dos figurinos da trilogia. E claro, quem é fã, acha demais! Eu adorei as jaquetas douradas e os vestidos fluidos com ilhoses que lembram as roupas dos jedis. Não vira modinha, mas sem dúvida, é uma coleção que vai vender bem", frisa a jornalista. Os cortes estruturados em peças ajustadas e que remetem à armaduras prometem consquitar o público não só pela moda, mas também pelo imaginário.
A moda social da Iódice

África e Brasil se encontram de novo como referência para a Iódice. Os tribais aparecem printados em vestido repletos de feminilidade, e de um projeto social com a penitenciária mineira Professor Ariovaldo de Campos Pires, nascem os crochês artesanais, que se transformam em felpudos e imponentes casacos. Para Vasconcelos, "sem erro, a marca apostou no que já está na moda: calças com cintura alta, decotes em V, silhueta ajustada e estampas étnicas pra lá de geométricas. Os casacos em crochê felpudo, feitos pelos presidiários em Minas, são belos. Pelo apelo estético e social, eu adoraria ter um".
Luty ainda dispara: "o que eu acho que não vai pegar? Talvez as silhuetas quadradas de Herchcovitch, que não fazem a cabeça das mulheres brasileiras. O acetinado pesado que Vitorino desfilou também acho meio over para a realidade".
Gostaram amores comenta pra mim beijos!!
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